Cultura Coluna do Ernâni
4 Anos do Grupo de Teatro ‘Urutau’
ERNÂNI GETIRANA (@ernanigetirana) é professor, poeta e escritor. É autor de inúmeros livros, dentre eles “Debaixo da Figueira do Meu Avô”. É membro da APLA, ALVAL, UBE-PI e do IHGPI.
19/10/2024 08h48
Por: Ernani

 

Na noite de 15 de outubro próxima passada, dia do professor, o Grupo de Teatro Urutau (de Pedro II) encenou, em comemoração aos quatro anos de fundação, a peça teatral ‘A Sereia do Pirapora’, baseada em uma das lendas do meu livro “Lendas da Cidade de Pedro II’.

Prontamente aceitei de bom grado o convite que o grupo me fez e compareci com alegria ao evento que se realizou no auditório do Centro de Educação de Tempo Integral Angelina Mendes, na cidade de Pedro II, PI. Assisti a tudo embasbacado ao lado de minha mulher Rosa e do colega de academia e poeta Campelo Neto.

Havia um público considerável para esse tipo de espetáculo teatral. Muitos jovens presentes, alguns professores e familiares de participantes do elenco. Também se fez presente a atriz Bid Lima, madrinha do grupo, em companhia do professor pedro-segundense Mário Eduardo. A abertura da noite cultural ficou por conta da banda local ‘Vento Leste’.

O Urutau (que é o nome de uma ave que só come quando voa e que possui um cantar muito forte) já havia apresentado ‘A Sereia do Pirapora’ outras cinco vezes, uma delas durante o Festival de Inverno de Pedro II, edição de número 20, no palco Músico Carlos Cordeiro. As outras vezes foram em escolas da cidade de Pedro II.

A apresentação do dia 15 foi majestosa. O elenco estava ainda mais afinado com as falas na ponta da língua, seguindo à risca todas as marcações temporais e espaciais requeridas dos atores e atrizes.

A movimentação em cena esteve próxima à perfeição e em que pese a qualidade não muito boa da acústica do próprio auditório, não foi páreo para os meninos e meninas.

Os bailarinos e bailarinas que adentraram por três vezes em cena engrandeceram ainda mais o espetáculo com sua coreografia perfeita, assim como o figurino muito criativo e um véu azulado esvoaçante  simbolizando ora a lama, ora o vento, ora a água límpida do Pirapora de outrora, trouxeram ao espetáculo, insisto, uma densidade visual significativamente rica.

Finalmente as canções (em play back) performadas pelos personagens Sereia e Pássaro Encantado só encontraram concorrência estética e teatral nos personagens do pai de Helena (sereia) e da mãe dela ao procurá-la por anos repetindo a frase ‘alguém viu a Helena?’ e que envolveu totalmente o público que respondia: ‘não, não vimos’.

A bela adaptação do diretor do espetáculo´, Marcos Silvertani, trazendo a questão ecológica do Pirapora, como Parque Ecológico urbano vitimizado pela poluição produzida por nós, é o grande pano de fundo dessa peça teatral. 

Enfim, recomendo fortemente que assistam à “Sereia do Pirapora”, minha gente.

Ah, na quinta 17/10, presenteei a cantora Fernanda Takai com um exemplar de meu livro ‘Lendas da Cidade de Pedro II’ após o show dela em Piripiri.

As fotos da peça são de Neto santos (a quem agradeço). A foto com Fernanda, de Rosane Getirana.

 

Segue a ficha técnica da peça:

Marcus Silvertani - diretor

Franklin de Oliveira Lima - Pai de Helena/Balé das águas

Carlos Henrique - Pássaro

Isael Sousa - Balé das águas

Leticia - Balé das águas

Maria Eduarda - Balé das águas

Didi- balé das águas

Haru- balé das águas

Vitória- mãe da Helena

Thays- Helena/Sereia

Nicole- balé das águas

Patrocínio: Armazém Paraíba, SIEC, Secretaria de Educação do Estado.

Ernâni Getirana (@ernanigetirana) é professor, poeta e escritor. Membro criador do Coletivo P2, pertence às academias APLA, ALVAL e ao Instituto Histórico e Geográfico do Piauí. É autor, dentre outros livros, de “Lendas da Sereia de Pedro II”. Escreve para este portal aos sábados.