Na noite de 15 de outubro próxima passada, dia do professor, o Grupo de Teatro Urutau (de Pedro II) encenou, em comemoração aos quatro anos de fundação, a peça teatral ‘A Sereia do Pirapora’, baseada em uma das lendas do meu livro “Lendas da Cidade de Pedro II’.
Prontamente aceitei de bom grado o convite que o grupo me fez e compareci com alegria ao evento que se realizou no auditório do Centro de Educação de Tempo Integral Angelina Mendes, na cidade de Pedro II, PI. Assisti a tudo embasbacado ao lado de minha mulher Rosa e do colega de academia e poeta Campelo Neto.
Havia um público considerável para esse tipo de espetáculo teatral. Muitos jovens presentes, alguns professores e familiares de participantes do elenco. Também se fez presente a atriz Bid Lima, madrinha do grupo, em companhia do professor pedro-segundense Mário Eduardo. A abertura da noite cultural ficou por conta da banda local ‘Vento Leste’.
O Urutau (que é o nome de uma ave que só come quando voa e que possui um cantar muito forte) já havia apresentado ‘A Sereia do Pirapora’ outras cinco vezes, uma delas durante o Festival de Inverno de Pedro II, edição de número 20, no palco Músico Carlos Cordeiro. As outras vezes foram em escolas da cidade de Pedro II.
A apresentação do dia 15 foi majestosa. O elenco estava ainda mais afinado com as falas na ponta da língua, seguindo à risca todas as marcações temporais e espaciais requeridas dos atores e atrizes.
A movimentação em cena esteve próxima à perfeição e em que pese a qualidade não muito boa da acústica do próprio auditório, não foi páreo para os meninos e meninas.
Os bailarinos e bailarinas que adentraram por três vezes em cena engrandeceram ainda mais o espetáculo com sua coreografia perfeita, assim como o figurino muito criativo e um véu azulado esvoaçante simbolizando ora a lama, ora o vento, ora a água límpida do Pirapora de outrora, trouxeram ao espetáculo, insisto, uma densidade visual significativamente rica.
Finalmente as canções (em play back) performadas pelos personagens Sereia e Pássaro Encantado só encontraram concorrência estética e teatral nos personagens do pai de Helena (sereia) e da mãe dela ao procurá-la por anos repetindo a frase ‘alguém viu a Helena?’ e que envolveu totalmente o público que respondia: ‘não, não vimos’.
A bela adaptação do diretor do espetáculo´, Marcos Silvertani, trazendo a questão ecológica do Pirapora, como Parque Ecológico urbano vitimizado pela poluição produzida por nós, é o grande pano de fundo dessa peça teatral.
Enfim, recomendo fortemente que assistam à “Sereia do Pirapora”, minha gente.
Ah, na quinta 17/10, presenteei a cantora Fernanda Takai com um exemplar de meu livro ‘Lendas da Cidade de Pedro II’ após o show dela em Piripiri.
As fotos da peça são de Neto santos (a quem agradeço). A foto com Fernanda, de Rosane Getirana.
Segue a ficha técnica da peça:
Marcus Silvertani - diretor
Franklin de Oliveira Lima - Pai de Helena/Balé das águas
Carlos Henrique - Pássaro
Isael Sousa - Balé das águas
Leticia - Balé das águas
Maria Eduarda - Balé das águas
Didi- balé das águas
Haru- balé das águas
Vitória- mãe da Helena
Thays- Helena/Sereia
Nicole- balé das águas
Patrocínio: Armazém Paraíba, SIEC, Secretaria de Educação do Estado.
Ernâni Getirana (@ernanigetirana) é professor, poeta e escritor. Membro criador do Coletivo P2, pertence às academias APLA, ALVAL e ao Instituto Histórico e Geográfico do Piauí. É autor, dentre outros livros, de “Lendas da Sereia de Pedro II”. Escreve para este portal aos sábados.
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