Cultura Coluna do Ernâni
O Festival de Inverno de Pedro II, 18ª Edição
ERNÂNI GETIRANA (@ernanigetirana) é professor, poeta e escritor. É autor de inúmeros livros, dentre eles “Debaixo da Figueira do Meu Avô”. É membro da APLA, ALVAL, UBE-PI e do IHGPI.
08/06/2024 09h29 Atualizada há 3 meses
Por: Ernani

 

E eis que vivenciamos por estes dias o maior, o mais midiático, o mais completo festival já havido em terras piauienses. Estamos falando do Festival de Inverno de Pedro II.

Em sua 18ª edição nesse ano de 2024, o festival só deixou de ocorrer durante a pandemia por Covid.

Já escrevemos em outros lugares que o Festival de Inverno de Pedro II é fruto de uma série de acontecimentos sociais, históricos e culturais ocorridos ao longo de décadas. Os acontecimentos culturais citados como que testaram as possibilidades reais de a cidade de Pedro II sediar um festival dessa monta.

A 1ª edição, já entrou para a História. O ano era 2004, governo Carlos Braga, tendo à frente como proponentes e mentores do evento o advogado Eduardo Filho e o engenheiro e músico Júlio Medeiros (mais uma rede de amparo composta pela prefeitura local, SEBRAE, Governo Estadual, etc).

Um casal de Guaramiranga, CE, veio prestar a consultoria e mais uma equipe local afiadíssima (mais de 40 pessoas), tudo isso contribuiu para que desde o seu início o festival fosse exitoso.

Cada uma, cada um que participou de edições do Festival tem suas histórias para contar. Eu devo ter umas cem.

Por exemplo, o Hermeto Pascoal, o mago do som, primeira apresentação da 1ª edição, em 2004, tocando seu piano de calda no palco ainda baixinho, rodeado de ouvintes, eu inclusive, e tendo que parar e pedir para que os donos de bares desligassem o som só por alguns minutos. Não foi atendido e continuou tocando sua bela música, numa chaleira contendo água, inclusive.

Ainda tenho o autógrafo do mago da música em uma das tábuas ‘sobrantes’ dos ‘calços’ do palco.

As passagens de som das muitas bandas, a vinda do Stanley Jordan (!) com o amigo Armandinho. Gal sendo Gal num show fenomenal. Jorge Ben Jor, Gadú, Ducan, Garrido, Fagner. etc, etc etc. Enfim, como diria o outro (que ainda virá?),’ são muitas emoções’.

Há aspectos do festival que devem ser melhorados? A resposta é sim. Em cada edição essa pergunta vem nos rondar.  Eu, de minha parte, proponho que voltemos a realizar as oficinas de arte e cultura pedro-segundenses que tanto brilharam na primeira edição.

(*) Fotomontagem com fotos colhidas da internet. A foto da igreja é de autoria de Neto Santos.

Ernâni Getirana (@ernanigetirana) é professor, poeta e escritor. É o autor, dentre outros livros, de “O Festival de Inverno de Pedro II e outras Histórias.