Cultura Museu Indígena
1º Museu Indígena do Piauí é inaugurado em Lagoa de São Francisco
O Museu Indígena Anízia Maria dos Povos Tabajara, Tapuio e Itamaraty abre suas portas para receber tanto a população local quanto de todo o Piauí e Brasil.
30/08/2023 12h14 Atualizada há 1 ano
Por: Gustavo Mesquita
Fotos: Cleber Araujo e Neto Santos

 

 

Foi inaugurado hoje, quarta-feira (30), o 1º Museu Indígena do estado do Piauí. O Museu Indígena Anízia Maria dos Povos Tabajara, Tapuio e Itamaraty, localizado na comunidade Nazaré, abre suas portas para receber tanto a população local quanto de todo o Piauí e Brasil. Essa inauguração representa um marco fundamental na preservação da rica herança cultural das comunidades indígenas, proporcionando um espaço dedicado à celebração e compreensão de suas tradições, história e identidade.

A inauguração contou com a presença de várias autoridades políticas, incluindo o Governador Rafael Fonteles e toda sua comitiva, juntamente com Sônia Guajajara, Ministra dos Povos Indígenas do Brasil. O prefeito de Lagoa de São Francisco, João Arilson, também estava presente. E a população local também veio prestigiar a inauguração, demonstrando o apoio e entusiasmo da comunidade em relação a esse novo espaço cultural.

O Museu dos Povos Indígenas do Piauí é um espaço de encontro e reflexão que apresenta a perspectiva dos povos indígenas, compartilhando suas histórias, vivências e saberes. É um local de resistência, construção de diálogo e respeito às diferenças culturais, representando a existência contínua e o empoderamento das populações indígenas. Os objetos expostos testemunham experiências passadas e presentes, transmitindo conhecimentos ancestrais e destacando diferentes formas de ver e se relacionar com o território. É uma oportunidade para conhecer e valorizar a riqueza e diversidade dos povos indígenas do Piauí.

Anízia Maria de Jesus

Anízia Maria de Jesus, foi uma mulher que nasceu em 1895 e faleceu em 1987. Ela foi uma mãe dedicada, lavradora e parte da terceira geração dos indígenas refugiados do Ceará. Sua presença era um pilar na comunidade, onde ela residia e que na época era chamada de Itamaraty. Anízia deixou um legado familiar impressionante, com 38 netos, aproximadamente 79 bisnetos e um número indeterminado de tataranetos. Seu nome é honrado no museu, perpetuando a memória dessa guerreira e heroína da família, que é mantida viva por seus netos e netas.